quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O que é tecido ósseo?


O tecido ósseo é o principal constituinte do tecido esquelético ,servindo de suporte para os tecidos moles e protege órgãos vitais,como os contidos nas caixas craniana e torácica e no canal raquiano. Aloja e protege a medula óssea ,formadora das células do sangue. Proporciona apoio aos músculos esqueléticos, transformando suas contrações em movimentos úteis ,e constitui um sistema de alavancas que amplia as forças geradas na contração muscular.
Além dessas funções os ossos funcionam como depósitos de cálcio ,fosfato e outro íons, armazenando-os ou liberando-os de maneira controlada, para manter constante a contração desse importantes íons nos líquidos corporais .São capazes ainda de observar toxinas e metais pesados , minimizando assim seus efeitos adversos em outros tecidos.
O tecido ósseo é um tipo especializado de tecido conjuntivo formado por células e material extracelular calcificado , a matriz óssea. As células são : os osteócitos, que se situam em cavidades ou  lacunas no interior da matriz; os osteoblastos, que sintetizam a parte orgânica da matriz e localizam-se na periferia ; e os osteoclastos, células gigantes, móveis e multinucleadas que reabsorvem o tecido ósseo ,participando dos processos de remodelação dos ossos. Como não existe difusão de substâncias através da matriz calcificada do osso , a nutrição dos osteócitos depende de canalículos que existem na matriz óssea.

Um excelente video sobre o tecido ósseo!


Tumores ósseos


Os tumores em ossos podem ser benignos(não-cancerosos) ou malignos(cancerosos). Os tumores benignos e os tumores malignos não invasivos não se difundem  para outras partes do corpo. Os sítios mais comuns de crescimento não canceroso são os ossos longos, como o fêmur e os ossos da mão. Tais tumores tendem a ocorrer durante a infância ou a adolescência, sendo raros após os 40 anos de idade. Pode haver dor, aumento e deformidade no local do tumor e o osso enfraquecido tem maior probabilidade de fratura.



Um tumor maligno, ou canceroso que se origina no osso é descrito como primário.

Osteossarcoma

O osteorssacoma, que afeta ossos longos, como fêmur é o tipo mais comum de câncer ósseo primário. O membro afetado pode ser dolorido e inchado e é suscetível a fraturas. Um outro tipo primário de câncer ósseo é o condrossarcoma, ocorre principalmente na pelve, nas costelas e no esterno. 



Doenças do sistema osteomuscular em trabalhadores de enfermagem

RESUMO

Esta pesquisa, de caráter descritivo e retrospectivo, realizada na Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais-Brasil, teve por objetivo analisar os problemas de saúde relacionados ao sistema osteomuscular encontrados nos trabalhadores de enfermagem de 23 instituições de saúde, atendidos pela Divisão de Assistência à Saúde do Trabalhador, em 2002. Os dados foram coletados nos mapas de atendimentos e nos prontuários médicos norteados por um roteiro elaborado pelos autores. Os diagnósticos foram agrupados segundo o Código Internacional de Doenças CID-10 e comparados à Lista de doenças relacionadas ao trabalho do Ministério da Saúde. Na análise dos dados, utilizou-se o programa estatístico SPSS. Entre os 6070 atendimentos realizados, 11,83% deles (718) apresentaram diagnósticos de problemas relacionados ao sistema osteomuscular, envolvendo diversas estruturas corporais como a coluna vertebral, membros superiores e inferiores. As doenças legalmente consideradas como doenças do trabalho relacionadas ao sistema músculo-esquelético foram identificadas em 255 (35%) atendimentos, destacando-se as dorsalgias (20%) e as sinovites e tenossinovites (13,7%), agrupadas como LER-DORT. Conclui-se que maior atenção deva ser direcionada às posturas adotadas pelos trabalhadores na execução das atividades laborais e às condições dos mobiliários, bem como se faz necessário disponibilizar instrumentos e equipamentos ergonomicamente planejados, visando à redução da incidência dos problemas osteomusculares.



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Doença de Paget


Esta anormalidade no equilíbrio entre formação e degradação óssea causa distorção de ossos.
A doença de Paget, também conhecido como osteíte deformante pode afetar qualquer osso do esqueleto embora ocorra mais comumente na pelve, na clavícula, nas vértebras, no crânio e nos ossos das pernas.
O tecido ósseo é decomposto em maior velocidade e substituído rapidamente por osso anormal. O osso afetado torna-se enfraquecido, distorcido, freqüentemente dolorido e mais sujeito a fraturas. Se o osso aumentado comprime um nervo pode haver dormência, formigamento, fraqueza e perda de função. Rara em pessoas jovens, a patologia se torna crescentemente comum após os 50 anos de idade.



Osteomalácia



Uma perda de cálcio e fósforo, freqüentemente resultado de deficiência de vitamina D, pode causar ossos fracos. Na osteomalácia, os ossos são enfraquecidos por uma perda de minerais, mais notavelmente cálcio. Outros sintomas incluem sensibilidade e deformidade óssea. A causa principal é a escassez de vitamina D, essencial para capacitar o corpo absorver cálcio e fósforo. A vitamina D é obtida dos alimentos e também pela ação da luz solar sobre a pele. O suprimento inadequado pode ser devido a falta de luz solar, a dieta não balanceada ou a distúrbios que afetam a absorção da vitamina como a doença celíaca. Também pode ocorrer como resultado de algumas doenças renais. Em crianças a patologia é conhecida como raquitismo.   

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Osteomielite


É a infecção de um osso usualmente por bactérias, pode levar a um tecido ósseo dolorido, fraco e lesado. A osteomielite geralmente afeta pessoas jovens e idosas, embora possam ocorrer em indivíduos com imunidade reduzida, como usuários de medicamentos imunossupressores ou com uma patologia como anemia de células falciformes. Em crianças, as vértebras ou os ossos longos dos membros são mais freqüentemente afetados, e em adultos as vértebras ou a pelve. Nas osteomelite aguda a bactéria causadora pode ser o staphylococcus aureus .
Os sintomas incluem inchaços, dor e febre. A forma crônica pode ser causada por tuberculose que não produz inchaço ou febre.


Tratamento para Lordose



O tratamento para correção de hiperlordose geralmente é conservador. A partir dos dados da avaliação, o fisioterapeuta vai traçar um programa de tratamento visando a melhora das condições físicas, funcionais e posturais do paciente. Entre os métodos de tratamento que dispõe o fisioterapeuta, nenhum causou tanto impacto quanto a Reeducação Postural Global (RPG). A sua proposta de globalidade tem sido aceita como eficaz no tratamento de várias patologias e, de modo especial, as da coluna vertebral e pode ser bem complementada com o uso de coletes ou palmilhas posturais (Podoposturologia) quando o paciente necessitar.

Lordose








Curvatura da coluna vertebral com convexidade anterior. A lordose é normal (lordose fisiológica) na região cervical e lombar. É anormal quando se situa noutra parte da coluna vertebral ou quando é muito acentuada, neste caso fala-se em hiperlordose. A hiperlordose lombar está associada a uma anteversão pélvica e consequetemente um realinhamento de todas as outras curvas da coluna para uma compensação.A anteversão pélvica pode estar associada a um desequilíbrio dos músculos abdominal e glúteos, que estão enfraquecidos, e na musculatura lombar que se apresenta encurtada.Já a retificação da lordose lombar, esta associada a retroversão da pelve, originando um costa plana, com diminuição da mobilidade.A hiperlordose cervical é caracterizada por uma proeminência da cabeça, caracterizando um pecoó mais alongado à frente.A retificação da lordose cervical caracteriza-se pela diminuição da lordose e consequentemente um pescoço reto, com diminuição de mobilidade.

Tratamento da Escoliose

O  tratamento  da  escoliose  idiopática  pode  ser  conservador  ou  cirúrgico. O  primeiro tipo  destina-se  à  desaceleração  da  progressão  da  escoliose,  compreende  a  abordagem funcional  e  a  utilização  de  órtese.  A  funcional  trata-se  de  correção  da  postura,  tração, cinesioterapia (natação, etc); geralmente é feito como coadjuvante ao uso do colete (órtese). O emprego de órtese  corresponde  ao  tratamento  conservador de maior eficácia, é  indicado para curvas maiores que 20º acompanhadas de risco de progressão (indica-se o uso da órtese por  23h/dia);  a  duração  dessa  intervenção  é  bastante  variável,  dependendo  da  evolução  de cada  caso.  O  tratamento  cirúrgico  é  sugerido  para  curvas  maiores  que  45-50º, preferencialmente ao final do período de maturação óssea.



Osteonecrose


A osteonecrose ocorre quando o osso perde a sua vascularização, e o osso morre.Também é conhecida como necrose asséptica, necrose avascular ou necrose isquêmica. O osso é uma estrutura vida e quando perde a vascularização o osso morre, as células ósseas morrem. Com a morte dos osteócitos o osso pode ficar mais fraco e colabar ( imagine as colunas de um prédio que começaram a quebrar). As causas da osteonecrose não são  completamente conhecidas uma boa percentagem é classificada como idiopática, porém alguns fatores estão associados a uma maior 
incidência: uso crónico de corticoide, alguns tipos de anemia, uso cronico de álcool, lesões articulares, alguns tipos de artrite a também alguns tipos de câncer.
TRATAMENTO
O ponto importante é manter o osso na sua forma original enquanto ocorre o processo se remodelação do osso.A remodelação óssea é a substituição do osso necrotico, morto, por osso novo, sadio.Sim, existem várias técnicas cirúrgicas para tratar a osteonecrose. O tipo de cirurgia é específico para cada osso do corpo afetado. Por exemplo na cabeça do femur ,nos estágios iniciais podemos realizar uma cirurgia descompressiva e colocar enxerto na região para acelerar o processo. Nos casos mais graves e adiantados pode ser necessário realizar uma prótese de cabeça de fêmur.

O que é Melorreostose?

A melorreostose é uma patologia rara, caracterizada por uma hiperostose linear do córtex, de etiologia desconhecida, podendo afetar qualquer estrutura óssea do organismo, sendo mais comum nos ossos longos. A melorreostose espinhal e craniana necessitando de intervenção neurocirúrgica é pouco freqüente, podendo causar lesões neurológicas. Dependendo do local acometido e da agressividade da doença, alguns pacientes necessitarão do tratamento fisiátrico, uma vez que as fraturas patológicas dos ossos poderão causar perdas graves quanto à capacidade funcional, tornando a medicina de reabilitação fundamental na melhoria da qualidade de vida desses pacientes.
Tratamento
Não existe ainda nenhum tratamento definitivo e específico, sendo sempre paliativo, como a simpatectomia e a administração de difosfonatos (EHDP), com resultados nem sempre satisfatórios. A melorreostose é uma enfermidade potencialmente incapacitante a longo prazo, e, como em tantas outras patologias, a medicina física e reabilitação têm importância fundamental na melhoria da qualidade de vida desses pacientes,ajustando seus objetivos de acordo com a progressão, incapacidade desenvolvida e estágio evolutivo da doença. Poderemos ter lesões de coluna vertebral comprometendo a condução nervosa, levando o paciente à cadeira de rodas e conseqüentemente a necessitar do tratamento fisiátrico para lesados medulares. Amputações podem ocorrer, necessitando da reabilitação pré e pós-operatória objetivando estudar a possibilidade de protetização.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Dicas osteoporose

Coma alimentos ricos em cálcio como os produtos derivados de leite: leite, manteiga, queijo, iogurtes ou certos legumes (brócolis, funho,...)
- Beba bastante água mineral, pois ela é rica em cálcio.
- Pratique esportes (corrida, etc.) ou exercícios físicos (caminhada), pois isso exerce um efeito benéfico na diminuição e no retardo da osteoporose. 
- Se você sofre de osteoporose, tome muito cuidado com as quedas, se previna para evitá-las (utilize calçados adequados, tenha uma boa postura, evite os pisos deslizantes, etc.) !

Tratamento da osteoporose


Os tratamentos da osteoporose podem variar em função da causa e somente o médico poderá receitar o melhor tratamento após ter efetuado um diagnóstico.
1.  Na prevenção da osteoporose (em particular nas mulheres em pós-menopausa ou em outros grupos de risco)
- A reposição hormonal aumenta a massa óssea, leva à manutenção da saúde e à qualidade de vida da mulher. Entretanto, deve ser usada com muito cuidado e sempre com o acompanhamento do médico, pois aumenta a incidência de casos de câncer de mama e tromboembolismo.

A reposição hormonal pode ser de TRH, estrogênios e progestogênios, sendo a de TRH a mais recomendada (diminui o risco de fraturas em até 34%).

- O cálcio (o consumo cotidiano deve ser de 1'000 a 1'500 mg), para obter na alimentação ou com comprimidos mastigáveis de cálcio ou dos pós e ainda em forma de comprimidos efervescentes (eventualmente combinado com a vitamina D).
- A vitamina D, também conhecida como vitamina D3 (cujo consumo cotidiano deve ser de 400 U.I. e até mesmo de 800 U.I. ou 1'000 U.I. para vários médicos), para obter com a alimentação (peixe), com a exposição ao sol de forma moderada com comprimidos mastigáveis de vitamina D (eventualmente combinados com o cálcio).

- Os MSRES ou moduladores seletivos dos receptores dos estrogênio (por ex: raloxifeno), indicados nas mulheres em pós-menopausa.
- Exercícios: Estudos demonstram que a prática regular de exercícios, principalmente os aeróbicos é importante para a manutenção da densidade mineral óssea e para o tratamento da osteoporose.
2.  No tratamento da osteoporose (curativo, uma vez que a osteoporose estiver confirmada) :
- Os bifosfonatos aumentam a massa óssea na fêmur e coluna (alendronato, etidronato, risedronato, ibandronata), deve ser tomado em forma de comprimidos uma vez por semana ou por mês (conforme o medicamento).
-  O cálcio e a vitamina D3 (cujo o consumo cotidiano de vitamina D3 deve ser de 400 U.I. ou até de 800 U.I. ou de 1'000 U.I. para inúmeros médicos), para utilizar em comprimidos mastigáveis, em pó ou comprimidos efervescente.

- A calcitonina diminui a reabsorção óssea (um hormônio tireoidiano) : a ser utilizado em spray nasal ou em forma de ampolas, mas eu uso requer uma série de cuidados.
- Os sais de flúor (por ex. fluorato de sódio), não são uma boa opção, pois apesar de aumentar a massa óssea não acarreta redução da incidência de fraturas, proporcionam osso de má qualidade, muito pouco resistente.
- Nos casos graves: uso possível da paratormônio (PTH), um hormônio que favorece a construção do tecido ósseo, pode ser prescrito pelo médico.
Observação interessante: com um tratamento adaptado contra a osteoporose o risco de fratura cai pela metade.

o que é Osteoporose?

A osteoporose é uma doença que atinge os ossos. Caracteriza-se quando a quantidade de massa óssea diminui substancialmente e desenvolve ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, mais sujeitos a fraturas. Faz parte do processo normal de envelhecimento, e é mais comum em mulheres do que em homens. A doença progride lentamente e raramente apresenta sitomas antes que aconteça algo de maior gravidade, como uma fratura, que costuma ser espontânea, isto é, não relacionada a trauma. Se não forem feitos exames diagnósticos preventivos a osteoporose pode passar despercebida, até que tenha gravidade maior. A osteoporose pode ter sua evolução retardada por medidas preventivas.

Reportagem do Fantástico sobre Osteoporose


Efeitos da atividade física na densidade mineral óssea e na remodelação do tecido ósseo

Este artigo revisa os efeitos de diferentes modalidades esportivas e do treinamento de força na remodelação óssea e discutir as possíveis relações da densidade mineral óssea (DMO) com a força muscular e a composição corporal. Numerosos estudos indicam que a atividade física de alto impacto, ou que exija alta produção de força, pode ter um efeito benéfico na DMO, devido à deformação desse tecido, ocorrida durante a atividade. Alguns autores têm avaliado os efeitos do treinamento físico em alguns marcadores bioquímicos da remodelação óssea, já que a variação das concentrações desses marcadores pode indicar um estado de formação ou reabsorção óssea. Entretanto, a inconsistência dos resultados encontrados sugere que a análise dos efeitos da atividade física na remodelação óssea, através desses marcadores, deve ser mais investigada. Existem muitas discrepâncias a respeito da relação entre a DMO com a força muscular e a composição corporal, principalmente na determinação de qual desses fatores está mais associado com a DMO. A determinação de qual o tipo de atividade física seja ideal para aumentar o pico de massa óssea na adolescência, ou mesmo mantê-la após a idade adulta, é muito importante para a prevenção e o possível tratamento da osteoporose.
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http://www.scielo.br/pdf/rbme/v11n6/a13v11n6.pdf